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As redes sociais são um meio de comunicação cada vez mais importante na sociedade, não só contribuindo para a interação entre utilizadores, mas também para a partilha de multimédia entre si tal como uma mensagem de texto, um vídeo ou uma foto.

Assistindo à evolução do tráfego gerado multimédia nas redes sociais, é possível observar que este tem crescido notávelmente na ultima década, o que torna interessante o estudo desta matéria.

Artigo

Evolução histórica

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Atualmente grande parte das pessoas conhece e utiliza alguma rede social, mas nem sempre foi assim. As pesquisas existentes nesta área indicam que as redes sociais têm sofrido um crescimento nos últimos anos e que a tendência é para que cresça e se intensifique a sua utilização. Alguns autores defendem que a internet pode fortalecer a participação da e na sociedade, pelo facto de criar, abrir e permitir mais e novos contextos de envolvimento e de mobilização social.

Considerada a primeira rede social da história, o ClassMates.com é inaugurado em 1995. Com mais utilizadores no Estados Unidos da América e no Canadá, o site tinha como objetivo possibilitar reencontros entre amigos que tivessem estudado juntos, quer na escola básica ou na faculdade.

Em 1997, surge o site que definiu o modelo de rede social como o conhecemos atualmente,  o Six Degrees. Criado por Andrew Weinreich, o Six Degrees permitia criar um perfil pessoal, enviar mensagens privadas, adicionar amigos e escrever no seu mural. Em 2003 surgem novos sites de redes sociais tais como LinkedIn, Hi5, MySpace e mais tarde surgiu o LinkedIn como uma rede social de carácter profissonal. 

Em 2004 Mark Zuckerberg lança o Facebook, uma das maiores redes sociais de sempre que iria colocar a fasquia para todas as outras redes sociais e em 2005 Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karimo apresentam o Youtube, uma plataforma que permitia partilhar videos de forma facilitada, o que levou a um boom de multimedia na internet.

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Grandes plataformas de redes sociais

Atualmente, o mundo das redes sociais é dominado pelo Facebook e Youtube, estando logo atrás o Whatsapp e o Instagram (comprados pelo Facebook em 2014 e 2012, respetivamente).

O Facebook sempre foi uma plataforma em ascenção desde a sua criação em 2004, atingindo em 2017 os 2000 milhões de utilizadores ativosa nível mensal.

Figura 1 - Redes sociais por número de utilizadores ativos

Servindo seus desejos

Youtube, plataforma dedicada à partilha de vídeo, é um grande candidato a destronar o Facebook como a rede social mais utilizada visto que em Outubro de 2018 conta com 1900 milhões de utilizadores ativos face aos 2234 milhões do "rival". Tem mais de 30 milhões de utilizadores ativos por dia e cada sessão dura em média mais de 40 minutos.

O Instagram, apesar de a nível de utilizadores não estar hoje perto das duas plataformas referidas anteriormente, é uma rede social a ter em conta a nível da multimédia visto que se resume à partilha de imagens e vídeos. É uma rede maioritariamente utilizada a nível mobile, sendo que a resolução não é uma componente crítica na utilização diária, tipicamente um vídeo não passa de 750x600.

Uma plataforma não muito mencionada na última década, a Twitch, consiste em streaming de vídeo estilo broadcast e apesar de não ter o número de utilizadores como o Facebook ou o Youtube é de considerar a quantidade de dados que são transmitidos aos utilizadores. Atualmente tem em média 1,2 milhões de utilizadores a assistir a transmissão de vídeo.

Influência da Multimédia nas redes sociais

Relativamente à influência da internet em geral, e das redes sociais em particular, é frequente encontrar uma visão dividida entre uma perspectiva pessimista, baseada numa visão simplista de pânico moral, e uma perspectiva optimista, que tece elogios maravilhosos, de algum modo, ingénuos às tecnologias.

A seguir ao amigos e família, as redes sociais e a Internet são a maior fonte de influência na vida das pessoas. Por exemplo, no processo de pesquisa de viagens, é escolhida uma lista de destinos, embora 76% dos inquiridos só tenham visitado 8% desses locais.

Limitações da rede de telecomunicações

Atualmente, as redes de telecomunicações (em Portugal) oferecem uma velocidade de download de até 1 Gbps, sendo que a média nacional não baixa dos 40 Mbps para uma rede fixa e de 20 Mbps para uma rede móvel. Contudo, é de ter em conta que nem todos os dispositivos móveis são compatíveis com a tecnologia 4G e para esses casos o débito binário está limitado a 7,2 Mbps, sendo que em média não passa dos 3 Mbps.

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Figura 2 - Arquitetura do método H.264

Codificação áudio

No que toca a codificação de áudio o standard dominante é o AAC (Advanced Audio Comprassion), está contido no método MPEG-4 (parte 14) e é também conhecido como o sucessor do formato MP3 conseguindo uma melhor qualidade para o mesmo débito binário.

Codificação vídeo

O formato mais utilizado e recomendado pelas plataformas é o .MP4, que corresponde à parte 14 do método de compressão MPEG-4. A compressão de vídeo em si é realizada de acordo com o standard H.264/ AVC, teve a sua primeira versão em 2003 e apresenta uma boa qualidade para o débito binário médio de cada utilizador, sendo o caso mais crítico o utilizador mobile que possui um débito típico de 20 Mbps (3 Mbps sem a tecnologia 4G). Apresenta também uma melhoria face ao anterior H.263, sendo necessária metade da taxa de bits para manter a mesma qualidade.

Codificação de imagem

No que toca à imagem o método de compressão mais utilizado é o JPEG (Joint Photographic Experts Group), teve a seu lançamento em 1992 e é devido à sua simplicidade e eficiência que é ainda hoje o formato favorito entre as plataformas. É de notar que o bitrate associado à transmissão de imagem representa uma fatia muito pequena face ao vídeo, no entanto não é de se deixar de parte.

Prespectivas futuras

Em primeiro lugar é necessário referir que a velocidade média nas redes e telecomuniques tende a subir, sendo que a tecnologia 5G poderá estar acessível ao utilizador a partir de 2020 (lançamento de equipamentos com a tecnologia), o que vai facilitar o acesso a multimédia mais sofisticada devido a velocidades de download e upload superiores às atuais (4G). Contudo, esta transição vai ser lenta, visto que atualmente os dispositivos têm um elevado poder computacional e é necessário cada que utilizador transite para um novo telemóvel pessoal.

A nível da multimédia em si, o que é observável nos dias de hoje é uma futura evolução a nível da interatividade tendo o utilizador um papel mais importante nos conteúdos que assiste, assim como o aumento no uso de aplicações com suporte à realidade virtual, vídeo com maior resolução e qualidade.

A nível de normas de codificação, o sucessor da norma H.264 será a H.265 ou HECV (High Efficiency Video Coding), o que também irá facilitar na partilha de multimédia.

A um curto/médio prazo é possível concluir que o conteúdo predominante vai continuar a ser o vídeo e vai destacar-se face aos outros tipos de media ainda mais.

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